sábado, 3 de maio de 2008










Cristina Branco na sede do Coro dos Antigos Orfeonistas.

Contestação às mudanças efectuadas no programa da Queima das Fitas. Diário as Beiras de hoje. Texto de Bruno Gonçalves e foto de B. G..

quinta-feira, 1 de maio de 2008



Do "mar português" ao "mar inferno": uma leitura de Frátria de Carlos Carranca por José Fernando Tavares.
Do site http://www.ccarranca.blogspot.com/





Capa, contracapa e parte do caderno do CD "Coimbra", saído há pouco tempo e que apresenta uma sonoridade nova da Guitarra e Canto de Coimbra. São três grandes senhores que dialogam entre si: João Farinha na voz, Ricardo Dias na guitarra de Coimbra e Pedro Lopes na viola.
Colaboram ainda Luís Oliveira no contrabaixo, Augusto Mesquita e Paulo Figueiredo no piano, Eddy Jam na flauta transversal e no sax, Quim Né em percussões.
É um disco a não perder!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Academia de Música de Lagos, com o apoio da Câmara Municipal de Lagos e Caixa geral de Depósitos, irá assinalar o dia Internacional do Trabalhador, com a realização de um concerto com "1001 CORDAS" - Orquestra de Guitarras, sob a direcção do Prof. Paulo Galvão, pelas 21h30 do dia 1.º de Maio no Centro Cultural de Lagos.
Enviado por Frias Gonçalves.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Balada de Outono | Texto de Maria Eduarda Barbosa

Foi custoso chegar até aqui. Todos os dias, desde que partiste, não deixaste de estar comigo. Vezes sem conta te digo coisas lindas quando acabo de ler as tuas mensagens via CD.
Ontem, 5ª feira,eu dizia ao Daniel que, no Verão passado, gostaria de ter« pegado em ti» e levar-te ao «Diário do Minho», mas que tinha medo,medo de me perder, medo de me encontrar… Daniel de Sá, uma alma sensível que eu conheci nos caminhos da blogosfera, dos mares dos Açores, disse-me que, além de nunca mais te ter ouvido desde que partiste, relatara-me um episódio, deveras pungente, aquando do fatídico dia e que passo a citar: «Quando ele morreu, eu ouvi a notícia na rádio, cheguei à escola (minha mulher já estava na sala), e disse-lhe só isto: «Já morreu.» Entretanto, tinha engolido umas lágrimas pelo caminho, poucos metros. Pelo que viram em mim e na reacção de Maria Alice, os seus alunos perguntaram: «Era da família da Srª professora?» Ela, como não conseguia explicar melhor, respondeu que sim… (raios, escrevi isto com um nó na garganta e os olhos a humedecerem. Não volto a falar do Zeca. Pelo menos com gente que goste dele tanto como tu, Dica, e não precise de que se o lembre.)».
Andei o resto da tarde com este texto na cabeça, no percurso que fiz ao Campus de Gualtar (U.Minho) para ver uma exposição sobre Miguel Torga e fazer a inscrição num percurso torguiano ao Gerês em que fiz questão de me inscrever. O mesmo aconteceu no percurso que fiz até ao supermercado e no regresso a casa. O texto do Daniel não me saía da cabeça e fazia-me recuar. Não quero, dizia. É penoso tocar no Zeca, dizia para comigo. Como se pode tocar em algo que, mexendo, faz doer?
Tem de ser, alguém me contariava, aqui, no «terraço».
Pois bem, assim seja!
Na impossibilidade de não ter a grandeza suficiente para te elevar como mereces, há um período do ano em que eu te recordo demais…o Outono! O Outono leva-me a pôr tudo em causa; há como que um ciclone que põe tudo fora do sítio. Depois passa, como todos os ciclones, como tudo aquilo que respira e se apaga, também. Aqui entras tu, Zeca.
Em Agosto passado, estavas no Espaço Ferrer Correia, em Coimbra, e eu fui visitar-te. Como sabes, sou uma chata, ando sempre atrás de ti. Conheço de cor as tuas mensagens musicais, as tuas poses na fotografia, as tuas charadas nos espectáculos ao vivo que fazia questão de não perder, o teu jeito de pegar no adufe em palco, a tua forma de falar para a «malta». Tudo isso está comigo. Não esqueço nunca. Assim como as tuas memórias que não caberiam aqui. Quero ficar por Coimbra, lembrar essa tarde em que te «vi». Estavas lindo, mais uma vez. E se há coisa que sempre me provocaste, foi arrepio-sempre! Desta vez foi enorme…olha só o que me esperava…! (…E não consigo continuar…!Bolas!). Dica, vá lá!…
«Aquela» que eu adoro, sabes? Estava em grande plano, bem guardada na vitrine e tu sabes como eu gosto de a cantar -«Balada do Outono»!
Não sei o que me deu. Fitei-te bem nos olhos e, sem mais nem porquê, comecei a cantá-la: «Águas das fontes calai/ó ribeiras chorai/que eu não volto a cantar/rios que vão dar ao mar/deixem meus olhos secar.». Não parei.
Quando chego ao fim da letra, volto-me e reparo no Zé, de mãos nos bolsos, com um sorriso (aquele!)como poucas vezes lhe vejo! -De satisfação, de prazer, de lembrança, de orgulho…parecia uma criança quando está a ser levada para o mundo da fantasia…chorei e dei-me conta, mais uma vez de que, este homem, José Afonso, sem querer, põe a brandura da gente a renascer, os sentidos a ferver.
É que na poesia de José Afonso, encontramos «noites de lágrimas», «dias claros» que hão-de vir, amores pueris, dor, gemido, alento, desalento, sol, lua, mar, rios, meninos, charlatães, falsos profetas, «vampiros», povo, sempre povo, fraternidade, igualdade, «gente igual por dentro, gente igual por fora…»
Como prefaciou Urbano Tavares Rodrigues no LP -«Cantares do Andarilho» - (…) José Afonso, trovador, é o mais puro veio de água que torna o presente em futuro porque à tradição, arranca a chama do amanhã.
No tumulto da contestação, na marcha de mãos dadas, com flores entre os lábios, é ele a figura de proa, o arauto, o aedo, o humilde, o múltiplo, o doce, o soberbo cantador da revolta e da bonança. Singelo, José Afonso do Algarve doirado, dos barcos de vela parada, do Alentejo infinito sem redenção, dos pinhais da melancolia, dos amores sem medida, do sabor de ser irmão…José Afonso é a primeira voz da massa que avança em lume de vaga, é a mais alta crista e a mais terna faúlha de luar na praia cólera da poesia, da balada nova.
»Que a tua voz, Zeca, não se canse nunca de dizer, de cantar: «Cidade, sem muros nem ameias/gente igual por dentro/gente igual por fora» -valores pelos quais tu sempre lutaste e cantaste com a tua voz única, cristalina, pungente, sagrada.
Serás eterno para os que sentem arrepio na palavra e na voz, quando ouvidas por trovadores, por profetas,como tu!
Braga, 12 de Outubro 2007

segunda-feira, 28 de abril de 2008

25 Anos do Disco

SAUDADES DA RUA LARGA,
FADO E GUITARRA DE COIMBRA

Há 25 anos (feitos em 2007), que foi editado o Disco de 33 rpm – Saudades da Rua Larga, cantado pelo Eng. Pedro Magalhães Ramalho, acompanhado pelo GRUPO TERTÚLIA ACADÉMICA DA RUA LARGA. Do Grupo, faziam parte, nas guitarras, Eng. José Silva Ramos, Dr. Fernando M. Xavier, Eng. Teotónio Xavier e Dr. H. Amado Gomes. Nas violas, o Dr. Carlos Figueiredo e o Dr. A. Ferreira Alves. O disco constituiu um marco significativo no canto e na música de Coimbra, e uma homenagem à “Década de Oiro”. Foi ainda nesse ano, a grande referência do Canto e da Música de Coimbra.

Vai realizar-se no dia 24 de Maio (sábado) de 2008, pelas 13.30, no Restaurante Espaço Tejo, Centro de Congressos de Lisboa, Praça das Indústrias (Parque das Nações – Antiga EXPO), um almoço comemorativo dos 25 anos da edição do Disco.

Na ocasião, teremos um momento de Coimbra, em que os elementos do Rua Larga, entre nós e os seus amigos, tocarão e cantarão Coimbra. Estarão presentes algumas das composições do disco. Será apresentado ainda um DVD evocativo, que será colocado à venda por um valor simbólico de 5 euros.

Convidamos todos os (as) amigos (as) que queiram associar-se a este almoço, a fazer a sua marcação através do telefone : 96 273 49 61 (Manuel F. Marques Inácio), ou do e.mail: marques.inacio@gmail.com.
O almoço terá um custo de 25 euros. Podem ir marcando já, pagando apenas antes do almoço. Agradecemos a divulgação do evento.

Lisboa, 21 de Abril de 2008

Saudações Académicas

A Comissão Organizadora

Manuel Fernando Marques Inácio
Luís do Cruzeiro Penedo
Elias Cachado Rodrigues





Coro dos Antigos Orfeonistas no Fundão num espectáculo de comemoração do 25 de Abril. Ensaio com os instrumentistas do grupo de Guitarra e Canto de Coimbra. Na viola Tiago Cunha e Carlos Caiado. Na guitarra, Octávio Sérgio e Bruno Costa.
Ainda vemos José Paracana com a camisola do Orfeon.
Fotos tiradas por José Miguel Baptista.