sábado, 4 de outubro de 2008

Ainda o duplo CD com Guitarra e Canto de Coimbra, editado pelo Coro dos Antigos Orfeonistas e o Campo de Santa Cruz. Diário as Beiras de hoje, com foto de Gonçalo Manuel Martins.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008


Lançamento do disco "100 Anos - Fado de Coimbra", realizado pelo Coro dos Antigos Orfeonistas. Diário de Coimbra de hoje, com texto de Joana Martins e fotos de Figueiredo.

Vai ser lançada amanhã, dia 4, a biografia de Jorge Godinho, escrita por Ana Maria Lopes. Será na Galeria de Arte Santa Clara, em frente ao portão lateral do Portugal dos Pequeninos, pelas 17H30.
Estão confirmadas as presenças de Luiz Goes, Jorge Tuna, Durval Moreirinhas, Carlos Carranca, António Toscano, Arménio Santos e Teotónio Xavier. O grupo Raízes de Coimbra estará também presente.
O apresentador será Louzã Henriques.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Lançamento do duplo CD do grupo de Guitarra e Canto de Coimbra do Coro dos Antigos Orfeonistas. Diário as Beiras de hoje.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008












Serenata na Casa da Música de Coimbra (Pavilhão Centro de Portugal), pelo Grupo de Canto e Guitarra da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, promovida pela Orquestra Clássica do Centro. Constituição do grupo: Manuel Coroa (g), Paulo Silva (g), Francisco Requicha (v), Miguel do Nascimento (c) e Ugo Fontoura (c).
Foi um serão muito agradável de seguir. Bons êxitos para o grupo.

O Coro dos Antigos Orfeonistas vai lançar amanhã um duplo CD com Guitarra e Canto de Coimbra. Diário de Coimbra de hoje.


A Orquestra Clássica do Centro promove hoje, na Casa da Música (Pavilhão Centro de Portugal), em Coimbra, mais uma Serenata com o Grupo de Canto e Guitarra da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra.
Na Casa da Cultura, logo às 18 horas, também se pode ouvir viola dedilhada.
Diário de Coimbra de hoje, com texto e foto de José João Ribeiro.

terça-feira, 30 de setembro de 2008






Ida ao Grupo Social e Desportivo da Quinta de Gonçalo Martins, deste conjunto de amigos: Manuel Dourado (v), José Paulo (g;c), Octávio Sérgio (g), Carlos Teixeira (v;c) e Castro Madeira (c).
Actuou também a Orquestra Filarmónica 12 de Abril de Travassô, uma orquestra de alta performance.

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Programação da Orquestra Clássica do Centro para os primeiros dias do mês de Outubro. Enviado por Maria Emília Martins.

domingo, 28 de setembro de 2008

ARS POETICA (45) : Frátria de Carlos Carranca

FRÁTRIA , OU A POESIA COM SENTIDO DE ALMA LUSA

Carlos Carranca, é uma voz de excepção das Baladas e do Fado de Coimbra, de que tivémos o privilégio de voltar a ouvir há poucos dias na última sessão das "Noites com Poemas". É também uma personalidade indomável que não se cansa de proclamar valores éticos em contra-corrente com a "moda" actual, contrapondo a um Portugal corrupto que se autodestrói a alma de um Portugal fraternal.
Na sua grande generosidade, autorizou-nos a mostrar-vos um pouco do seu último livro de poemas: "Frátria". Dele extraímos dois poemas (do seu ciclo "Mar do Inferno"), mas também vos mostramos excertos da importante introdução - intitulada "Pré-face" - em que o poeta (se) reflecte em torno de uma teoria e de uma praxis poética alimentadas pelo inconformismo que o caracteriza.
(…)
Mas nós somos sempre mais do que conhecemos e os nossos versos vão para além daquilo que sabemos, daquilo que escrevemos.
(…)
Toda a palavra sobre a Morte é do domínio do imaginário mas, como todo o imaginário, está cheia de conteúdo da Vida, sobretudo do que da Vida nos escapa. Ela procura uma resposta para a solidão ontológica radical, singular, condenada a sonhar o sonho, que é como quem diz, condenada à inconsistência do sonho.
(…)
É, pois, trágico para quem vive em constante procura da essência das coisas, assistir, impotente, à dura realidade de uma Pátria a afastar-se da essência e a perder-se na imitação e na vulgaridade utilitárias. Porque não há nada que mais nos degrade do que esta entrega à idolatria da técnica e do consumismo de massas, onde a preocupação dominante do negócio e a intensidade frenética da Vida aniquilam toda a inquietação espiritual.
Agitar, inquietar, libertar, essa foi, é e será a eterna missão da Poesia.Interrogo-me, frequentes vezes se não estará a poesia mais próxima da magia do que da literatura. Ora, o Poeta não é um literato, é um mágico, sendo na missão transfiguradora da realidade que o poeta se cumpre, e não no acervo de obras consultadas ou na profusão de autores citados. Não é citando os criadores que o Poeta existe, é existindo que o Poeta é.
(…)»
In: Frátria. Coimbra : Mar da palavra, 2008, pp. 7-8
*
"Mar do inferno"
(excertos do ciclo)
*
A batida cardíaca
é o mar – este mar – a bater na minha vida.
Mar de cadência dorida
solidão líquida de sal.
Esta batida é o mal
da angústia demoníaca
a desfazer-se em poemas
princípio da própria vida
que a morte dá de saída.
In: Frátria. Coimbra : Mar da palavra, 2008, p. 19
*
Há tantos anos que passo pela vida
e nunca parei a olhá-la.
Aonde ia eu?
Corremos fugimos de nós
de nós
e o mar ali à minha espera
a arfar em harmonia.
A vida a respirar a vida.
In: Frátria. Coimbra : Mar da palavra, 2008, p. 23
Publicada por Ars Poetica 2u em 9/23/2008