sábado, 18 de abril de 2009

Comemorações do 17 de Abril de 1969. Espectáculo no Convento de S. Francisco, logo à noite. Diário as Beiras de hoje, com texto de Bruno Costa e foto de Gonçalo Manuel Martins.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Crise Académica de 1969

Hoje à noite, às 21:54h, passa um documentário na RTP MEMÓRIA sobre a CriseAcadémica de 69.

Segue o link:

http://ww1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=25058&e_id=&c_id=9&dif=tv

João Martins

VERDES ANOS - Grupo de Fado de Coimbra
http://www.verdesanos.com/
Agenciamento NACIONAL: 918 651 595 (Luis Barroso)
Agenciamento INTERNACIONAL: +351 93 890 68 98 (João Martins)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Desde há muitos anos tenho contactos com tocadores de viola tradicional dos Açores (viola da terra) e sei que alguns costumavam tocar temas de Coimbra.
Ao pesquisar "Viola da Terra" no google, entrei por http://www.youtube.com/watch?v=N4LLhUJvqBg, onde um jovem tocador da Ilha de São Miguel (Ricardo Carvalho) interpreta alguns temas de Coimbra na afinação local (Ré, Si, Sol, Ré, Lá), com o tradicional ponteio do polegar da mão direita.
Detectei pelo menos Canção dos Verdes Anos, Balada de Coimbra e Valsa.

Em geral as violas regionais de São Miguel têm boa sonoridade e de algum modo ajudam a perceber o que seria a paisagem sonora coimbrã no tempo da viola toeira.

António M. Nunes

André Madeira na viola dedilhada e Jeffery Davis em vibrafone - marimba, em concerto na Academia de Música de Cantanhede.

Espectáculo: Canções de Coimbra: Bandeira de Liberdade

Local: Convento de São Francisco
Data e Hora: 18 de Abril às 21 h e 30 min
Organização: Turismo de Coimbra e Direcção-Geral da AAC
Produção: GRIF Portugal

Grupos Participantes

Orfeon Académico de Coimbra
Estudantina Universitária de Coimbra
Capas Negras
Grupo de Fados da Secção de Fado da AAC
Raízes de Coimbra

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Recital de piano

Raúl Peixoto da Costa, dá um recital de piano, no próximo Domingo, dia 19, pelas 11 h. da manhã, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos.

Entrada livre.

Programa:

- Bach: Prelúdio e Fuga em Do# Maior

- Chopin: Nocturno op. 9, nº3

- Liszt: Rapsódia Húngara, nº3

- António Victorino d'Almeida: Dança Satânica

- Schumann: Tocata op. 7

- Prokofiev: Sugestão diabólica.


FADO DE DESPEDIDA
DO V ANO MÉDICO DE 1937-38
*
Música: João Gonçalves Jardim (1906-1960)
Letra: João Gonçalves Jardim (1906-1960)
Origem: Coimbra
Função inicial: récita de despedida de curso médico
Data: 1938

A minha capa velhinha
Quere o destino levar
Não me roubes, meu amor…
(Ai2) Também o teu negro olhar.

Foram-se as fitas doiradas
Com elas minha ilusão
Findou minha mocidade
(Ai2) S’tá a chorar meu coração.

Canta-se o 1º dístico, repete-se, canta-se o 2º e bisa-se.
Esquema do acompanhamento:
1º dístico: lá, Sol, lá /// lá, 2ªlá, lá;
2º dístico: 2ªDó, Dó /// 2ªré, ré; (1ª vez)
2º dístico: 2ªDó, Dó, 2ªlá /// lá, Sol, lá; (2ª vez)
Final /// lá, 2ªlá, lá

Informação complementar:
Composição musical estrófica em compasso quaternário (4/4) e tom de lá menor, conforme o estilo dolente praticado na década de 1930 pelos compositores amadores activos em Coimbra.
A letra supra é a original deste fado de despedida, o qual foi cantado pelo próprio autor, João Gonçalves Jardim, quintanista de Medicina. Consta da respectiva edição musical impressa no ano de 1938 na Lito Coimbra. O Ai neumático só se canta na repetição do dístico, daí o ser seguido do índice de cardinal 2.
A peça da récita intitulava-se Gotas amargas... quantum satis e foi levada à cena no Teatro Avenida, em Coimbra, na noite de 29 de Março de 1938, em récita de gala, e repetida na semana seguinte, na noite de 4 de Abril. Um dos interessantes quadros desta peça passava-se na República dos Kágados, na pitoresca sala de jantar, com um irrigador (clister) de distribuição de vinho suspenso do tecto.
JGJ nasceu na cidade do Funchal em 28 de Junho de 1906. Terminados os estudos liceais rumou a Coimbra, tendo frequentado a Faculdade de Medicina entre 1933 e 1941. Ao longo destes anos foi membro da Tuna Académica e seu presidente, sócio do Fado Académico de Coimbra (FAC) e pertenceu ao núcleo fundante do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Regressou em 1941 ao Funchal e dedicou-se à medicina. Viria falecer na sua cidade natal em 17 de Junho de 1960 após penosa doença. JGJ, mais conhecido como autor de “Estrelinha do Norte”, não chegou a gravar o tema que agora se recolhe e transcreve.
Nas gravações realizados no século XX a letra está alterada, por força da erosão oral. No mínimo, o verbo querer deixa de ser conjugado no presente do indicativo para passar para o pretérito perfeito (Quis em vez de Quer). Por vezes, é substituído “negro olhar” por “meigo olhar” e nem sempre o incipit escapa às vezes.
João Barros Madeira gravou este tema em Coimbra no dia 29 de Março de 1960, acompanhado nas guitarras por Jorge Tuna/Jorge Godinho e nas violas de cordas de nylon por José Tito/Durval Moreirinhas. A matriz viria a ser editada no EP Balada. Barros Madeira, Rapsódia EPF 5.092, ano de 1960. Eis a letra interpretada por Barros Madeira:

Eu vou partir, vou-me embora,
Tão triste por te deixar
Mas as saudades que eu levo
(Ai2) Hão-de fazer-me voltar.

Foram-se as fitas doiradas
Com elas minha ilusão
Foi-se a minha mocidade
(Ai2) Está a chorar meu coração.

Augusto Camacho gravou este fado em 1992, sob o título «Fado do 5º Ano Médico 38», acompanhado à guitarra por António Brojo e António Portugal e, à viola, por Aurélio Reis e Luis Filipe, gravação disponível em compact disc:
-CD Coimbra na voz do doutor Camacho Vieira, Discossete ADD-CD 864000, editado em 1992 (também em cassete). Augusto Camacho é dos cantores que mais metamorfoses introduz na letra original. Além da citada alteração da forma verbal, modifica três outros versos para: “Com ela teu meigo olhar”; “Queimam-se as fitas doiradas” e “Vai-se embora a mocidade”. Outros cantores há que invertem a ordem das quadras e até o incipit é adulterado para “Minha capa tão velhinha”, etc.

Transcrição: Octávio Sérgio (2009)
Texto: José Anjos de Carvalho e António M. Nunes
Espólio de José Mesquita

terça-feira, 14 de abril de 2009

Memória de Adriano

Paulo Sucena
*
Durante vinte anos varámos dias e noites, por vezes a fio, em intermináveis diálogos. Das coisas da vida, das coisas belas, surpreendentes, apaixonadas da política, das cantigas e da poesia, das guitarras, conversávamos.
Esse tão fraterno tempo, pejado de tantas lembranças, vivido em desvairadas terras e lugares, partilhado de forma inigualável com tantos amigos, balanceado entre angústias e esperanças, tristezas e alegrias, esse tempo ora tenso ou distenso, ora amargo ora eufórico, tempo em que por vezes só a amizade e a convicção com que apostávamos nas coisas que elegêramos na vida permitiam vencer desilusões e quebrar o arame de solidão que em horas estremes sempre se nos enrola aos pulsos – esse tempo foi tão vivido e está tão vívido dentro de mim que não é possível narrá-lo. Aliás nem ele todo e o tudo dele cabiam no espaço que me é destinado. Que a memória deixe então escorrer de si, ardentes, duas ou três lembranças para que fiquem como lágrimas geladas a assinalar o percurso de uma amizade como pouquíssimas outras construí na vida. Talvez registar aqueles inextricáveis momentos em que, depois de termos discutido coisas sérias, horas e horas, sentíamos o estranho impulso de uma incontornável deriva, com trajectos e com consequências sempre imprevisíveis, mudávamos subitamente de agulha e dávamos por nós na Boca do Inferno tentando perscrutar na fúria das ondas a mensagem do Aleister Crawley que o Pessoa mansamente esperou, a esbagaçar o tempo, a régua e compasso, nos polidos mármores do Martinho da Arcada.
*
Porém, à medida que o tempo passa, o que de mais fundo me vai ficando na memória é o dia em que o Adriano entrou na minha casa de uma forma diferente de todas as outras. E quantas elas foram!... Trazia debaixo do braço, quase escondidas, as Cantigas Portuguesas – o seu último disco – gravadas há muito tempo e por isso ansiosamente esperadas pelo cantor. Naquela altura, era em minha casa e na do Vitorino que o Adriano procurava resguardo para a sua ternura em carne viva e para o seu afecto magoado, e era aí também que descansava um pouco dessa terrível solidão que, de já tão surda e tão cega cavalga sempre até se despenhar na morte. Por aí ele se consumia e não por quaisquer abalos ideológico-partidários. Só quem não conheceu o Adriano pode pensar isso. O atleta, o ás nas travessias do Douro, o campeão de Voleibol, foi passível de um debilitamento precoce, mas o Adriano, o homem de fundas e firmes opções político-ideológicas jamais definhou e jamais confundiu o seu ideal político com atitudes singulares deste ou daquele. Mas voltemos àquela tarde. Colocado o disco no aparelho, gastámos o dia a ouvi-lo uma vez e outra vez e outra e outra. Só mais tarde vim a perceber como é demorada – tão demorada! a despedida de nós dentro de nós. Ou talvez ainda não o fosse mas apenas uma lenta e difícil passagem para um novo edifício musical suscitado por um poema de Eugénio de Andrade, de que muitas vezes me cantou o primeiro verso (“nesses dias era sílaba a sílaba que chegavas”) vestido com uma melodia lindíssima. O certo é que o poema ficou por cantar, como permaneceram por musicar os poemas do Manuel Louzã Henriques – uma das referências de Adriano de que de vez em quando me falava, lembrando uma noite em que até às cinco da manhã demos volta aos cadernos e às bobinas onde o Manuel Louzã Henriques tem sepultada a escrita da sua juventude. O mesmo aconteceu com um disco para crianças, pensado e discutido exaustivamente por nós entre Outubro de 1973 e Abril de 74. Igual sorte teve um disco de fados de Coimbra que Adriano criteriosamente seleccionara e se ficou pela apresentação de alguns deles, acompanhados à guitarra por José Lopes de Almeida, um dos marcos na geografia afectiva de Adriano.
Não posso deixar de referir que a aproximação da morte (e Adriano deu-me mostras, como à frente contarei, de que sabia que ela vinha cedo) fez recrudescer em Adriano o gosto de cantar fados de Coimbra num aceno romântico ao nunca mais. Guardarei sempre na memória o fado da Sé Velha (“aquela moça da aldeia…”), cantado num automóvel, em viagem de regresso a Lisboa, com o Fausto no banco de trás, a inventar, de forma brilhante, os acordes que permitiram ao Adriano uma fantástica, inigualável interpretação (e estou a lembrar-me do Zeca, do Paradela de Oliveira e do Menano…). A essa lembrança junto outra – a daquela espécie de despedida, em Águeda, no último ano de vida, em casa do meu pai, em que ele cantou uma série interminável de fados (incompletos; às vezes só os dois primeiros versos) que levavam o meu pai a dizer, maravilhado, só cá falta a guitarra do meu amigo Paulo de Sá. Noite pungente. Mas restava ainda e sempre aquele timbre, apolíneo e magoado. Único.
É o momento de pôr ponto final nas memórias pessoais fixando dois tempos. Aquele em que, olhos ardidos de sono, subia as escadas do mirante da velha casa do antigo lugar do Encontro, entrava no quarto das maçãs, abria a janela virada ao vento Leste e, enquanto a luz da manhã recortava ao longe a suave ondulação da serra do Caramulo, gritava, em tom seco e rápido, como se tivesse medo que o rio e os campos de Águeda nos fugissem precocemente: - Acorda, Adriano! E, finalmente, aquele outro tempo, em Lisboa, em que a premonição da morte começa a surgir no discurso de Adriano. Esse discurso era construído com palavras e versos de um grande poeta, Herberto Hélder, nosso companheiro de tertúlia, hoje quase desaparecida com as mortes de António José Forte, Virgílio Martinho, Luís Pignatelli, Manuel da Fonseca e Adriano Correia de Oliveira.
Passo a contar como isso começou. Numa tarde, num dos últimos e longos fraternos convívios com ele e o Fausto, em que falávamos do livro “A colher na boca” de Herberto Hélder e mais particularmente da Elegia Múltipla, Adriano fixou-se no VII poema que leu e releu. E logo naquela tarde (depois fá-lo-ia muitas mais vezes) disse, alterando os “vinte e nove anos” do poema para que a idade ficasse mais próxima da sua, aqueles que passaram a ser para ele versos obsessivos:

Tenho trinta e nove anos ou uma onda
inesperada que me estremece a carne ou a garganta
cheia de sangue actual – amanhã morrerei

Às vezes, ao caminharmos pelas ruas de Lisboa ou sentado num táxi, lá dizia para si mesmo:

Tenho trinta e nove anos
Amanhã morrerei

Não sei se Adriano sabia, na altura, da gravidade das varizes esofágicas de que sofria. De qualquer modo as palavras de Herberto são duplamente premonitórias se pensarmos no amanhã dos quarenta anos (1942-82) e no modo como o trovador morreu (rompimento de varizes esofágicas). Mais tarde, já perto da morte, eram outras as palavras, todavia ainda de Herberto Hélder, que frequente e inesperadamente disparava:

Se a veia
violenta que me atravessa a cabeça se torna
ígnea
ou apenas: se a veia violenta

Adriano nunca cantou poemas de Herberto Hélder mas foi um poeta, em cuja obra releva, pela sua ímpar qualidade, a temática do amor e da morte, quem lhe forneceu, de forma perturbante, a matéria verbal para ele cantar antecipadamente a sua própria morte. Apenas a idade foi corrigida e a veia violenta ligeiramente deslocada. E por aqui fica esta incursão nos terrenos da memória. Há que passar, ainda que muito brevemente, a um pouco da história do cidadão, do compositor e cantor Adriano Correia de Oliveira.
Adriano Correia de Oliveira foi uma figura marcante na praça da canção onde começou a erguer a sua voz "pura e alta e lírica", em 1960, sobre o impulso das guitarras e violas do fado de Coimbra. Na verdade os seus primeiros discos (1960, 61 e 62) são de fados de Coimbra em que Adriano, com 18, 19, 20 anos, se revela imediatamente como um belíssimo intérprete, apesar das más condições de gravação, dotado de magnífica voz, com um timbre inigualável. Esses discos prosseguem a melhor tradição da música Coimbrã - a que de Artur Paredes e Edmundo de Bettencourt chega até António Portugal, Fernando Machado Soares, José Afonso e Luiz Goes.
Porém, Adriano Correia de Oliveira será, depois de 1963 e do estrondoso êxito do seu disco "Trova do Vento que Passa", um artista em permanente movimento, agitando as águas mais fundas do subterrâneo rio da História, lutando, solidário, ao lado dos que abriam os caboucos da Revolução dos Cravos.
A sua voz e o seu canto davam sinal das mudanças necessárias e a prosseguir no meio estudantil que fora sacudido pelas grandes lutas de 1962, mas logo se alargam à denúncia do fascismo e à incitação à resistência:

Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não

Eis o trovador à solta por terras do seu país, levando a todo o lado onde a sua mensagem podia florir um propósito de luta e um halo de esperança:

Venho dizer-vos que não tenho medo
A verdade é mais forte que as algemas

E o seu canto prossegue dinamitando os desvãos do fascismo, sacudindo as consciências, semeando a coragem. Canto de liberdade, de resistência, de instigação à luta, de esperança, mas também canto de denúncia determinada firme. São os esconsos mais negros da ditadura que a voz do trovador vai esventrar e trazer para a luz do dia, através de poemas de Manuel Alegre, Manuel da Fonseca, Urbano Tavares Rodrigues, Luís Andrade (Pignatelli) e tantos outros, a guerra colonial, as cadeias políticas, a PIDE, o exílio, as opressões político-económico-sociais.
A audição atenta da obra de Adriano Correia de Oliveira permite-nos detectar nela quatro grandes campos de significação: o do amor, vivificado pelo companheirismo e pela solidariedade, o da denúncia e resistência ao fascismo, o da luta pela liberdade e o de um olhar ideológico sobre a sociedade portuguesa.
A leitura conjugada destas quatro grandes unidades semânticas desvelará o significado mais profundo e complexo do legado artístico que nos deixou, transmitido por uma voz cuja altura e cujo timbre produziu por si só a mais "pura e alta e lírica" imagem da tristeza de um povo e também da sua coragem no combate por um futuro melhor. Por isso ele permanece entre nós tantos anos depois da sua morte.
E ficará para sempre.
*
Paulo Sucena enviou-me o e-mail seguinte, sobre o que atrás foi escrito:
Primeira parte de um texto publicado num volume colectivo por uma rapaziada de Coimbra numa editora chamada Amararte (acho que é assim, não estou bem certo do nome). A 2ª parte é o texto que vem no livro que acompanha a obra completa que o Niza organizou, aliás sem o meu total acordo, porque achava, e acho, que se deveria respeitar um critério cronológico relativamente à edição dos discos.



CONVITE
O Presidente do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados e o Presidente da Advocal – Associação Artística do Distrito Judicial de Coimbra têm a honra de convidar V. Ex.a e Família a assistir ao espectáculo de apresentação do CD do FADVOCAL “VelhasMargens NovasPontes”, que terá lugar no Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados no próximo dia 29 de Abril de 2009, pelas 21,30h.
*
PROGRAMA
Advocal – Coro Misto de Advogados – Maestro Augusto Mesquita
Aníbal Moreira e Carlos Jesus – alguns temas do CD “Outros Mundos”
Fadvocal – alguns temas do CD “VelhasMargens NovasPontes”

O Presidente do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados
Dr. Daniel Andrade

O Presidente da Advocal – Associação Artística do Distrito Judicial de Coimbra
Dr. José Castanheira

Nos próximos dias 18 e 19 de Abril - Pavilhão Centro de Portugal em Coimbra

Concerto Caixa Geral de Depósitos
( 133º Aniversário da CGD )

Dia 18 Abril - 21h30
Concerto
Orquestra Clássica do Centro
Rui Namora - Guitarra Clássica
Maestro - Virgílio Caseiro

Dia 19 Abril -16h
Aeminium - Fados de Coimbra

Programa

Dia 18/4/09

1ª Parte

Abertura “As Hébridas” Mendelsshon

Concerto para Guitarra e Orquestra H. Villa-Lobos
Allegro preciso/Andantino e Andante/
Allegreto non troppo

2ª Parte

Sinfonia nº 101 em Ré M, O Relógio J. Haydn
Adágio,Presto/Andante/Menuetto/Finale,Vivace

ORQUESTRA CLÁSSICA DO CENTRO

Em 2001, surge a Orquestra de Câmara de Coimbra, constituída em moldes profissionais e composta por 25 elementos, um projecto considerado de superior interesse cultural pelo Ministério da Cultura e, como tal, abrangido deste então pela lei do Mecenato Cultural (actual Estatuto dos Benefícios Fiscais).
Tendo por maestro titular desde a fundação o Dr. Virgílio Caseiro, em 2002 a Orquestra passou a ser composta por 32 elementos, sendo esta ainda a sua actual constituição.
Em 2003, nos cerca de 60 concertos que tiveram lugar em toda a Região Centro, destacaram-se os realizados em monumentos arquitectónicos da cidade e concelho de Coimbra, no âmbito do projecto “Mo(nu)mentos Musicais”. Neste ano esteve também presente na entrega do Prémio Pessoa ao Sr. Prof. Doutor Gomes Canotilho.
Em 2004, viu aprovada por unanimidade, em Assembleia-Geral, a alteração do nome para Orquestra Clássica do Centro (OCC). Desde esse ano tem beneficiado do apoio financeiro do Instituto das Artes, no âmbito dos apoios concedidos a projectos profissionais. 2004 foi ainda o ano em que constituiu uma Comissão de Honra, da qual fazem parte, entre outras individualidades e instituições, os Governadores Civis de Coimbra, Viseu, Leiria e Guarda, os Presidentes de 40 Câmaras da Região Centro, Sua Ex.ª Rev.ª o Bispo de Coimbra, o Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra, Ordens Profissionais dos Engenheiros, dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos e Advogados.
A OCC conta com o superlativo apoio da Câmara Municipal de Coimbra. São mecenas da OCC - a Caixa Geral de Depósitos, os jornais “Diário de Coimbra” e “Diário As Beiras”, Paul Stricker Ldª entre outros.
A OCC continua personalizadamente entregue ao cumprimento dos objectivos a que desde a fundação se propôs, com especial empenho na divulgação e promoção da realidade etnomusicológica da Região Centro e da canção coimbrã.
Conseguindo uma vasta e intensa implementação regional, com o alargamento da sua actividade a câmaras e distritos mais diferenciados, passou a contar ainda com o contributo solístico e de regência de notáveis figuras do nosso panorama musical, encontrando também meios para, pontualmente, produzir concertos com uma densidade tímbrica e orquestral sinfónica. Organizou concursos e conferências para além das actividades exclusivamente concertísticas, destacando-se o trabalho realizado em colaboração com o Governo Civil do Distrito de Coimbra em projectos conjuntos como “A Floresta também é Património” ou “Encontros com o Património”
. Ainda no âmbito das comemorações do ano para a igualdade de oportunidades realizou vários concertos e conferências contando nomeadamente com a presença do Dr. Fernando Nobre e do Dr. Mário Soares, entre outros.
Por considerarmos como ex-libris de Coimbra e de Portugal, no seu todo, a Canção de Coimbra e a Guitarra Portuguesa, no historial da OCC incluímos iniciativas já realizadas sobre esta temática, nomeadamente o Festival “Cantar Coimbra” (tratamento orquestral da canção de Coimbra), realizado em 2004, no Convento de S. Francisco (do qual resultou a edição de um CD gravado ao vivo) e a realização, em 2007, dos Primeiros Encontros Internacionais da Guitarra Portuguesa, com o Alto Patrocínio da Caixa Geral de Depósitos.
Ao longo destes anos, tem vindo a desenvolver uma actividade continuada em toda a Região Centro, essencialmente pautada pela realização de concertos com um reportório que se identifica com a sua constituição clássica interpretando compositores barrocos, clássicos, românticos e contemporâneos, nas vertentes concertísticas e Sinfónicas. Apresenta também programas com excertos para voz e coro das obras mais célebres da literatura musical europeia e ainda um extenso reportório da Canção de Coimbra e da Região Centro com o apoio solístico da Guitarra Portuguesa. Também tem vindo a multiplicar a actuação de formações de câmara (trios, quartetos e quintetos, entre outras), disponibilizando assim um leque variado de programas/reportórios, em função das circunstâncias/local dos eventos.
A OCC assinala, em 2008, sete anos de actividade ininterrupta.
A OCC tem a sede, bem como a gestão cultural, no Pavilhão Centro de Portugal em Coimbra

Rui Namora – Guitarra Clássica
Em 2003, depois de se licenciar em Ciências Farmacêuticas na Universidade de Coimbra, é admitido na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, na classe do Prof. José Pina, onde se diplomou recentemente. Participou em masterclasses com José Pina, Alberto Ponce, Margarita Escarpa, Joaquín Clerch, Alex Garrobé, Gunnar Spjuth e Julius Kurauskas. Tem vindo a apresentar-se em público a solo e integrando grupos de música de câmara, nomeadamente no Festival de Guitarra de Coimbra (Capital Nacional da Cultura 2003), Museu Nacional de Machado de Castro e Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, Rivoli Teatro Municipal (Porto), Museu da Música e Palácio Galveias (Lisboa), Museu Alberto Sampaio (Guimarães), entre outros. Com Paulo Soares (guitarra portuguesa), apresentou-se com a Orquestra do Norte, e nos Festivais Internacionais de Guitarra de Santo Tirso e de Sernancelhe.

Virgílio Alberto Valente Caseiro
Nasceu em Ansião em 1948. Possui o Curso Superior de Música (Canto) do Conservatório Nacional de Lisboa. Fez também Composição. Licenciou-se em Ciências Musicais na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Nova de Lisboa. Mestre em Ciências Musicais, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Tem especialidades em Musicoterapia, Direcção Coral e de Orquestra.
Entre outros, trabalhou com Mário Sousa Santos, Fernanda Rovira, Mário Mateus, Fernanda Correia, Joana Silva, Rudolph Knohl, João de Freitas Branco, Constança Capdeville, Rui Vieira Nery, Gerard Doderer, Christopher Bochmann, Fernando Eldoro, Pierre von Hawe, Jos Wuytack e Murray Schaefer. Foi Musicoterapeuta cerca de 10 anos, trabalhando com crianças portadoras de deficiência mental. Foi Maestro e co-fundador do Coro dos Professores de Coimbra, no ano de 1981/82. Foi Maestro e co-fundador da Orquestra de Câmara de Coimbra no início da década de 90. Foi Maestro do Orfeon Académico de Coimbra no período de 1982 a 1996. Enquanto ao serviço deste organismo foi homenageado com a indicação do seu nome para a Sala de Direcção do organismo, nas instalações académicas da A.A.C. Foi Maestro e fundador (1997) do grupo coral masculino Schola Cantorum. Foi Maestro da Orquestra da Associação de Antigos Tunos da Universidade de Coimbra, de 1999 a 2003. Foi Maestro do Coro do Hospital Pediátrico de Coimbra.
Como musicólogo, tem realizado inúmeras conferências e comunicações, em Portugal e no Estrangeiro, em colaboração com instituições como a Universidade de Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes, Universidade de Aveiro, Direcção Geral da Extensão Educativa, Ministério da Educação, Sindicato dos Professores, Associação Portuguesa de Educação Musical, Instituto Politécnico de Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Bragança, etc. Como maestro e cantor tem realizado concertos em Portugal e ainda em países como Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca, Itália, Vaticano, Angola, Canadá, Brasil, Estados Unidos da América, Russia e Japão. Tem publicados os livros O Orfeon Académico de Coimbra - das Origens à Actualidade; Novas Canções para Coimbra; Manual de Radiomodelismo Automóvel.
É colaborador da imprensa e da rádio regionais. Tem vindo a desenvolver, há cerca de 30 anos, uma experiência metodológica de Expressão Musical na ACM de Coimbra, com crianças em idade pré-escolar e escolar, com o objectivo de investigar o contributo da música no desenvolvimento e amadurecimento cognitivo, afectivo e motor. Desenvolveu, até à sua aposentação, actividade docente na Escola Superior de Educação de Coimbra, onde foi Professor Adjunto de nomeação definitiva, tendo à sua responsabilidade a cadeira de Direcção Coral e Instrumental, bem como a de Prática Pedagógica. Desenvolve actividade musical no grupo medieval e renascentista Ars Musicae, desde 1985, onde é director artístico, cantor e instrumentista, bem como no grupo de canção coimbrã Cancioneiro de Coimbra onde é cantor desde 1982. Desde 2001 que assumiu a direcção e responsabilidade artística da Orquestra de Câmara de Coimbra (a partir de 2005 Orquestra Clássica do Centro) sendo também seu Maestro Titular. Em 2002 assumiu a responsabilidade artística da Orquestra Para-Sinfónica Juvenil de Coimbra. Em 2003 foi agraciado com o diploma de Mérito Profissional, entregue pelo Rotary Club de Coimbra. Iniciou em 2003 as funções de Maestro do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra. Em 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito, atribuída pela Câmara Municipal de Ansião. Ainda em 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pela Câmara Municipal de Coimbra, como reconhecimento do trabalho de intervenção musical e cultural que ao longo dos anos tem vindo a assumir na cidade, bem como na zona centro do país. Já em 2006 foi agraciado com o prémio Prestígio Salgado Zenha, pela Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, como reconhecimento do trabalho desenvolvido em prol da Academia e da Cidade. Ainda em 2006 e por decisão de Sua Ex.ª o Presidente da República, recebeu a Comenda da Ordem de Santiago de Espada.

O Grupo de Fado ÆMINIUM nasceu em Outubro de 1998, tendo como formação inicial: João Nuno Farinha na voz, João Pedro Monteiro na Guitarra de Coimbra e Pedro Cunha na Guitarra Clássica. O seu primeiro espectáculo em público realizou-se em Abril de 1999 durante a Récita de Quintanistas da Queima das Fitas de Coimbra.
Em Agosto do mesmo ano Luís Toscano integra a formação do grupo como cantor e em Junho de 2000 Rui Rodrigues substitui Pedro Cunha na Guitarra Clássica, motivado pelo ingresso deste último no programa Erasmus.Em Dezembro de 1999 o Grupo de Fados de Coimbra ÆMINIUM integrou a Secção de Fado da A.A.C., entidade esta que lhes permitiu a realização de novos projectos, bem como proporcionou novos desafios.
Para além da formação musical obtida nas escolas da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, todos os elementos frequentaram o Conservatório de Música de Coimbra, o que lhes confere um elevado nível artístico que faz dos ÆMINIUM uma referência no panorama dos Grupos de Fado de Coimbra da actualidade.No decorrer do ano de 2006, José Daniel Vilhena passa a integrar a formação do grupo como cantor.
No curriculum do ÆMINIUM figuram centenas de espectáculos de Norte a Sul do país, dos quais se destacam participações nos mais importantes eventos académicos, festivais internacionais de música, programas televisivos, cinema e gravações discográficas de música de Coimbra. Realizou também digressões por países como Espanha, França, Suiça, Polónia e nomeadamente Tailândia e Vietname, tendo sido o primeiro grupo de Fado de Coimbra a actuar neste último.
No passado dia 12 de Dezembro de 2008, os ÆMINIUM lançaram o seu primeiro trabalho discográfico, com um espectáculo no Pavilhão Centro de Portugal, no Parque Verde do Mondego, em Coimbra.
Estará presente no dia 19 a seguinte formação:

José Vilhena - Voz Masculina João Pedro Monteiro - Guitarra Portuguesa Pedro Cunha - Guitarra Clássica

Interpretará alguns temas da canção de Coimbra de seu reportório:

Alegre se fez Triste ( Manuel Alegre / José Niza)
Coimbra Menina e Moça (Fausto Frazão / Edmundo Bettencourt)
Traz Outro Amigo Também (José Afonso)
Saudades de Coimbra (F. Fonseca / Edmundo Bettencourt)
Fado Hilário (Augusto Hilário) entre outros e

vários temas instrumentais da autoria de Artur Paredes e Carlos Paredes

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Entrada gratuita

Informações:
916994160
http://www.pavilhaocentroportugal.net/